Preferi esticar um pouco o relato incluindo o próprio voo,
pois encontrei algumas situações interessantes. Se você já está calejado de
viajar para fora do Brasil, pode ser interessante pular direto ao passeio pela
cidade.
Embarque internacional
A reforma (até então ainda em andamento) do aeroporto de Guarulhos deixou as coisas mais confusas, então é melhor cumprir com as duas horas de antecedência. O balcão de despacho da TAM fica numa ponta e o embarque, avisado como Terminal 1, fica no outro extremo. Porém, contudo, todavia, o trâmite aduaneiro e de passaportes é realizado no Terminal 2, então provavelmente você terá que entrar neste terminal e então acessar o seu portão.
Uma vez no terminal 2, não se assuste se você tiver a
vontade de quebrar o vidro que separa o Terminal 2 do 1 para conseguir o
acesso, a entrada é realmente obscura. Volte até perto da entrada e você verá
uma escada esquisita com uma plaquinha do tamanho do seu polegar indicando o
caminho certo.
Quanto ao Dutty Free uma dica é: anote os preços e, se for o
caso, deixe pra comprar na volta. Os poucos itens que comparei (bebidas)
custavam o mesmo preço em Lima (com 18% de impostos) e no Dutty Free.
Interessante, né?
O voo Tam x Lima
Se você não estiver em horário de verão, a diferença de fuso horário é de duas horas para menos em Lima. Dessa forma o voo não são apenas as 04hrs e pouco que o bilhete mostra, mas sim seis horas e meia (fora os atrasos). Os aviões são os Aribus 320 e Boings 737 comuns dos voos internos, a diferença é que existe também a classe executiva. Se você não voar assim, espere todo o tipo de desconforto tradicional dos voos domésticos.
Leve a bordo tablet, jogos, livros, MP3 player ou qualquer
entretenimento de sua preferência, pois a revistinha do voo demorará apenas a
primeira hora para ser devorada. Também leve consigo água e comida, pois o
serviço de bordo é terrível. Viajei de TAM e o lanchinho era um mero pão
“amassagado” com queijo e presunto e refrigerante/suco. Acabou, não há mais
serviço e também não há opção de comprar comida, como na Gol.
Recomendações na hora da compra da passagem/check in:
- Escolher um lugar na janela do lado direito da aeronave: as paisagens são mais bonitas desse lado;
- Caso voe de TAM, já reparei que o espaço para as pernas após a fileira 17 é um pouco melhor que nas fileiras mais à frente; e
- Mais uma dica válida para quem voa de TAM: solicitar o lanche vegetariano. Esse lanche é composto por batata, capeletti e outra coisa não identificada, minha vizinha da Nova Zelândia não estava muito animada em conversar comigo. Mas de qualquer jeito o lanche me pareceu muito mais interessante que o comum.
O voo não é reto rumo à lima, ele faz uma curva pela
Bolívia. Dessa forma, além dos Andes, há uma linda visão do lago Titikaka,
garante uma boa dose de diversão e gera expectativas. Como Lima é uma cidade
com clima nublado praticamente o ano inteiro, nas proximidades é possível ver
um mar de nuvens com os Andes ao fundo. Sem dúvidas uma visão que não temos por
aqui.
A chegada em Lima
Após atravessar uma massa de nuvens, a cidade não encanta de primeiro. A minha primeira lembrança é das reportagens de guerras árabes, onde sobrevoam aquelas cidades no meio do deserto, só que sem o sol. Preconceitos à parte, a primeira visão quando o avião chegou no pátio foi positiva: até os tratores de serviço são movidos a gás natural, o que ajuda a não poluir o ambiente. Posteriormente um taxista me avisou que o governo incentiva o uso de gás natural nos veículos, também como forma de contenção de poluentes.
O aeroporto é pequeno, então sem muita caminhada você já
está carimbando o passaporte e rumando ao estacionamento atrás de um taxi. Uma
dica muito importante é não trocar o dinheiro no desembarque, pois, além de uma
taxa bem ruim (2,61 contra 2,76 na cidade), ainda cobram uma taxa de serviço de
US$ 5,00. Leve um pouco de dólares trocados para o taxi e deixe o restante para
trocar na cidade.
A saída do aeroporto é uma luta. A área é muito pequena e há
muitos carros estacionados, taxistas catando passageiros, motoristas de vans
esperando grupos e por aí vai. Pare, respire e se acostume, isso é Lima.
Antes de deixar sequer o taxista pegar sua mala, negocie o
preço. O primeiro valor de corrida até o bairro Miraflores foi de US$ 35 e
consegui baixar para US$ 25, mesmo achando este preço elevado, topei a corrida.
Todos os blogs que achei datavam de 2011, então os preços em soles estavam
totalmente defasados. Mas, como sou um cara muito legal, grave esse cálculo:
uma corrida do hotel até o aeroporto eram s/ 45 soles, o que dá US$ 16,30. Ou
seja, tente fechar até US$ 20,00.