quinta-feira, 14 de julho de 2011

Jô, a origem

Jô é uma menina saudável, moradora da ZN, estudante de administração e grande, muito grande. Tão grande que seu próprio conjugue tirou uma foto em formato portrait - câmera “em pé” - em duas partes, uma até a cintura e outra da cintura para cima.

Jô é uma pessoa super agradável de se conversar, receptiva às mais diversas brincadeiras - ok, não pode chamar de gorda nem falar mal do seu cabelo - e o principal: um namorando conivente com as brincadeiras, que apenas ri e “deixa rolar”.

Jô não precisa de ninguém para defendê-la e, tendo ela por si, não é necessário nem que você se defenda de interperies alheias, ela o acode. E ai de quem tentar entrar no meio.

Jô resolveu que queria aprender a dançar. Matriculou-se amorosamente nas aulas de dança de salão com seu amado, desejado e idolatrado salve salve namorado e estava feita a dupla da dança: Jake Sully e Neytiri. Tive o prazer de dançar forró com ela, apesar de que deveria ser proibido mulheres dançarem com homens mais baixos. Sim, mesmo com meus 1,82 metros de altura, não sou páreo para ela.

Jô estava indo bem, animada, dança pra lá e vira pra cá até que resolvi usar alguns passos de dança. Realmente não deu muito certo. Deveria-se ter um espaço maior, tipo uns 50 metros de diâmetro para que ela pudesse girar livremente, mas não havia. Havia apenas o espaço para reles pessoas comuns dançarem, e aí já era tarde.

Jô girou, girou e com suas delicadas mãos à boca ao término do giro falou “caraca, acertei alguém”. Jô não havia apenas acertado alguém, havia acertado alguém bem na boca, e a pessoa estava cabisbaixa, com olhos apertados de dor e seu acompanhante - ficante, namorado, ou qualquer coisa do gênero - com os olhos arregalados, sem reação e com uma expressão de “puta que paril” no rosto. Mas não foi apenas isso...

Jô não acertou uma pessoa qualquer na boca, “acidentalmente” durante uma dança. Em uma cidade de pouco mais de 5 milhões de habitantes, trocentos turistas e milhares de locais a se visitar, ela acertou exatamente a boca da ex-namorada do seu atual namorado.

Jô ainda adicionou ao ocorrido frases de condolescências típicas de uma mulher quando se refere à uma ex da sua atual outra metade da laranja: “se ela estava tão perto de mim, é porque queria alguma coisa né?” Ou talvez seria porque estávamos todos exatamente na frente do palco?

Nascia daí Joaquina Maria da Silva Xavier, irmã de Tiradentes e aqui simbolizada carinhosamente como “Jô”.

Observação: na época em que escrevi esse artigo, os dois estavam namorando. Como levei mais de um ano para publicar, a informação não é mais válida.

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