domingo, 16 de dezembro de 2012

Argentina, a preparação

La puente

Atendendo aos pedidos gerais, segue meu passo a passo na Argentina, principalmente Buenos Aires, que é o destino da turma toda. Rosario e Ushuaia vou postar as principais considerações e fico devendo Mendoza. Ou melhor, as Aerolineas Argentinas ficam nos devendo Mendoza...

O que fazer


Como não fui a primeira pessoa a ir para Buenos Aires, não é difícil encontrar milhares de sites indicando opções do tipo “deve fazer” e do tipo “não deve fazer”. E é claro, quanto mais se lê e mais se pesquisa, mais confuso se fica, pois algumas pessoas vão gostar mais de uma coisa do que de outra.

Como minha ideia não era fazer o máximo de programas turísticos no menor tempo possível, e sim aproveitar a viagem e relaxar um pouco, deixo como recomendação o site “Viaje na Viagem”, principalmente o artigo “Primeira viagem a Buenos Aires: um roteiro completo”. Esse artigo é do início de 2012, mas é atualizado com frequência.

Calma, não se desespere, vou postando o que fiz, onde comi e, é claro, minhas dicas e opiniões. Também vou colocar o preço das coisas em pesos argentinos e dólares segundo a cotação oficial. Veja mais abaixo detalhes da grana.

Onde Dormir


Um site que recomendo fortemente para busca de hospedagem é o booking.com, principalmente a parte de comentários de quem já se hospedou no hotel/hostel. As hospedagens foram:

  • Buenos Aires: como o Hostel Suites Florida estava cheio (uma turma do mochileiros estava indo pra lá e fiquei sem vaga), acabei por indicação fechando com o Milhouse Avenue e não me arrependi. Segundo o cara da recepção é considerado o melhor hostel do mundo (como fazem essas pesquisas eu não sei), fica localizado no centro, tem atividades turísticas e de cultura diárias (culinária, museus, tango, etc.), tem festa todos os dias (nesse ou no outro Milhouse a 2 quadras dali), mesa de sinuca, etc. Mais que recomendado, quero voltar lá. Por um custo de AR$ 60,00 (US$ 13,00) oferece quarto para oito (homens) ou seis (mulheres) pessoas com banheiro privativo, um café da manhã meio sem vergonha e lockers que cabem até você lá dentro, impressionante o tamanho. O quente aqui é a interação, todo mundo fala com todo mundo, todos amáveis, carismáticos... ótimo para se fazer amizade. Pode viajar sozinho que vale a pena.
  • Rosario: fiquei inicialmente hospedado no Hostel Imara (na quadra da casa do meu tio), mas, sinceramente, não recomendo. É próximo das praias da La Florida (praias e badalações no verão), mas longe dos principais pontos turísticos e boites. O hostel é uma casa adaptada, então os quartos são minúsculos, não tem lockers e a limpeza deixou muito a desejar (do tipo achar uma barata morta no quarto e ela ficar ali por dois dias). Não bastasse tudo isso, o hostel foi reservado com bastante antecedência e isso não impediu que o proprietário marcasse com outro grupo e literalmente nos expulsasse do quarto. Sem crise, hora de escolher outro hostel e, meio que por falta de opções dado ser um “fin de semana largo”, fiquei no La Casona e Don Jaime (não o do site, mas o outro, que fica na Rocca entre a San Luiz e San Ruan). Hostel bem rastafari, quarto para 8 pessoas (AR$ 90,00 / US$ 19,00), banheiro coletivo, café da manhã bem simples e lockers de tamanho descente. Bastante coisas pra fazer (não precisa comprar os pacotes do hostel, na hora das baladas você consegue de graça), pessoal amável e pode fumar maconha dentro do hostel (fora dos quartos).
  • Ushuaia: achei que tinha mandado bem escolhendo um hostel no centro, mas depois percebi que Ushuaia só tem centro... hahahaha. É difícil alguma coisa ser longe nesse lugar. O hostel escolhido foi o Antarctica Hostel, limpinho, organizado, pessoal da recepção sempre disponível para ajudar e com lavanderia por AR$ 25,00 (US$ 5,32). Por AR$ 100,00 ou US$ 21,00 a diária em quarto para 8 pessoas, oferece banheiro compartilhado e café da manhã e uma cozinha enorme, salvando grana para o turismo por aí. Recomendo.


Quanto e como levar


A Argentina é meio esquisita para consumo. Lá nem todos os lugares aceitam cartão e isso vale tanto para aquela lojinha pequena quanto para um boite, então é melhor estar preparado. Dinheiro vivo (sejam dólares, reais ou pesos argentinos) pode te salvar, além de conseguir descontos pra lá de 10% (vale a pena perguntar “quanto en efectivo?”).

Outra coisa que você vai ouvir por aí é “tudo lá é muito mais barato”. Cuidado, nem tudo, principalmente comida. Você dificilmente terá uma boa refeição por menos que AR$ 100,00 (US$ 21) e, mesmo nos restaurantes do tipo “tenedor libre” (buffet: paga um valor e come a vontade) uma refeição, um suco e os 10% de gorjeta não saem por menos de AR$ 80,00 (US$ 17). Palavras de argentino que trabalha comigo: comer no Brasil frequentemente é mais barato.

Um pouco antes de ir, todo mundo falava “traga dólares”, uma vez que, com a restrição do governo argentino à compra da moeda do Tio San, o “mercado negro” estava bem aquecido. Eu comprei pela Confidence Câmbio um cartão de débito (único que achei que se carrega direto em pesos argentinos, sem a necessidade de taxas de conversão), gastando 15 reais para confecção do cartão, como uma forma de salvaguarda caso fosse assaltado ou precisasse de mais dinheiro.

Caso seu banco tenha algum cartão de débito internacional, você está bem feito e essa vai ser sua opção primária. Itaú, HSBC e Unibanco até essa data eram os que permitiam você comprar “cositas” usando o débito. Com isso você paga 0,38% de IOF e câmbio oficial. Caso contrário, bom, aí começam os cálculos:
  • Pelo cartão da Confidence ou compra de pesos em casas de câmbio, R$ 1,00 dava pra comprar AR$ 2,00 e ponto final;
  • Em dólares, precisava de R$ 2,16 para comprar US$ 1,00, o que poderia ser trocado por valores entre AR$ 4,70 (câmbio oficial), AR$ 5,00 no Ushuaia, até AR$ 6,30 em Buenos Aires. Isso dá valores de AR$ 2,18, AR$ 2,31 e AR$ 2,92 por real gasto; O real em moeda era trocado por valores entre AR$ 2,30 a AR$ 2,50, podendo chegar a AR$ 2,70 em algumas ocasiões;
  • Pelo cartão de crédito o peso estava R$ 0,43 que, com IOF de 6,38%, representava AR$ 2,19 para cada real. Nem tão ruim como disseram né?


O Travel Card se mostrou a pior opção, já que, além da pior taxa e o custo de confecção, não garantia o desconto nas lojas. Levar reais em espécie se mostrou uma boa alternativa, caso você não tenha tempo de ir às casas de câmbio antes de viajar.

Sempre, sempre, sempre cuidado com notas falsas. Não só com as de AR$ 100,00, mas já tive conhecidos recebendo notas de AR$ 20,00, isso mesmo, vinte pesos. Tudo bem que o prejuízo é menor, mas é bom sempre ficar ligado, como verificar a marca d’água, o número brilhoso, etc.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Terrazas de los Andes Malbec Reserva 2009


O que eles dizem


Expressa aromas de flores de violeta recém espremidas que envolvem um profundo núcleo de compotas de conservas e ameixas maduras típicas da região Vistalba em Mendoza. Ao paladar contém notas picantes de violeta e grafite, seguido por bocados de cerejas secas e frutas frescas. O palato médio dá lugar a taninos em pó e um acabamento delicado de infusão de ervas, que aumenta a complexidade.

Escuro e ameixa, cereja preta suculenta, picante e quente; exuberância de violetas, especiarias e juvenil. Atrevido e brilante, com bom comprimento.

Temperatura: 15ºC.

Graduação alcoólica: 14,4%.

Harmonização: Churrasco, javali assado com pulenta cremosa, carne de panela, espaguete a carbonara e queijos maduros.

Valor de mercado: R$ 73,00.

O que o rótulo diz



Terrazas de los Andes elabora seus vinhos com uvas cultivadas a altura ideal, na qual cada variedade desenvolve a máxima expressão de aromas e sabores.

As uvas com que se elabora o Terrazas Reserva Malbec provêm de vinhedos especialmente cuidados nos melhores distritos de Mendoza, a 1067 metros de altitude em relação ao nível do mar.

Vinhedo: solo pouco profundo, franco-arenoso e muito permeável. Grande amplitude térmica (15ºC). Vinhedos irrigados por sistema tradicional.

Maturação: 12 meses em 80% de carvalho francês e 20% de carvalho americano, 30% novos.

Cor: vermelho-violeta muito intenso e escuro.

Aroma: muito frutado, cerejas negras, ginjas, ameixas e uvas passas juntamente com baunilha, caramelho e tostado definem um conjunto muito complexo. Sobressaem as notas florais de violetas.

Sabor: seu grande corpo e estrutura e os taninos também maduros coferem um carater jovem e suave. Nele se reconhece seu volume, oleosidade e um grande potencial de guarda.

O que eu digo



O que eu posso dizer sobre o melhor vinho que já bebi até então?

Recebi essa garrafa de presente do meu tio Carlos, em recente viagem à Argentina e, diferentemente do executado na garrafa ganha dos meus pais - a qual ficou 30 dias repousando para que o vinho desestressasse – essa a curiosidade falou mais alta e resolvi abrir a criança, acompanhando queijos e embutidos também presenteados, dessa vez pelos meus primos.

O vinho é tão encorpado que chega a ser grosso, com um sabor forte e de presença. Mesmo comendo queijos fortes, o sabor do vinho se sobressai em cada golada e continua na boca um tempo depois. Os taninos não são tão agressivos e o sabor de frutas vermelhas e flores se sobressai bastante, tornando a degustação uma atividade maravilhosa. Mais que recomendado, esse é do tipo que se deve tomar.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Fui para a Argentina e me apaixonei...

... pelo Uruguay.

Admito que esse início pode causar muitas contorçōes de lábios, mas é a realidade. Estou voltando de Colonia del Sacramento com aquela sensação de curiosidade de como deve ser o restante do Uruguay. Cidade linda, bem organizada e pessoal amável. Não é a toa que ela está no roteiro sugerido para Buenos Aires.

Muitos a chamam de a Paraty do Uruguai. Não conheço essa cidade, mas para os cariocas compararem algo deles com algo dos outros, imagina a qualidade...

Quero voltar, um casal gaúcho chegou hoje de moto e pirei na hipótese. Mas dessa vez no frio, até porque estou parecendo um Hot Toasted Potato.

Vontando da viagem post dedicado para ela.

domingo, 11 de novembro de 2012

Santa Carolina 2011 Reservado


O que eles dizem


Cor: De vermelho rubi intenso
Aroma: Tem aroma de cereja, chocolate e especiarias.
Paladar: Na boca tem grande corpo, com um balanço perfeito entre a fruta e a madeira, de equilibrados e suaves taninos e final longo. É um vinho complexo e elegante.

Temperatura: 18 a 20o.

Graduação alcoólica: 12,5%.

Harmonização: carmes vermelhas e queijos maduros.

Valor de mercado: R$ 20,00.

O que o rótulo diz



Esse Reservado é um perfeito representande do clássico e prestigioso Cabernet Suavignon chileno. Este vinho jovem, de intensos aromas frutais e de deliciosos sabores possui suaves taninos e uma boa textura aveludado.

O que eu digo



Um vinho honesto para essa faixa de preço, ainda mais depois que nossa querida “presidenta”da República Federativa do Brasil sil sil decidiu aumentar o imposto de importação para vinhos, de forma a “proteger” a indústria de vinhos nacionais.

Controvérsias à parte, para quem curte vinhos da Concha y Toro, principalmente o Casillero del Diablo vale a pena dar uma conferida nesse exemplar. Para quem não conhece, recomendo a experiência de forma descompromissada, não será a melhor experiência da vida mas pode ter certeza que não ficará devendo.

Cacilda 2009 Grand Reserva

O que eles dizem


Vermelho intenso com matizes violeta. Aromas de cassis intenso, cereja e leve amora doce, a barrica lhe transfere aromas de caramelo, baunilha, avelãs e um final de chocolate. Na boca taninos sedosos e firmes ao mesmo tempo, apresenta boa complexidade e estrutura que se manifestam em um persistente e agradável final.

Temperatura: 16 a 17o.

Graduação alcoólica: 13,5%.

Harmonização: ideal para acompanhar carnes, suína ou bovina, assadas e pasta com queijo fresco.

Valor de mercado: R$ 54,00.

O que o rótulo diz


Nosso principal vinho Gran Reserva é feito de uma mistura de Cabernet Suavignon e Camérnère. Todas as frutas vem de nossa propriedade Villa Alegre no coração do Vale do Maule, onde os solos são especiais e rasos e produzem oito toneladas por hectare. Este é um vinho intenso e complexo, com aromas de pimenta, frutas negras, pimentas vermelhas e avelã. Na boca tem uma boa estrutura, com taninos firmes.

O que eu digo


Mais um vinho da Sociedade da Mesa e muito bom por sinal, esse vinho é um Cabernet Suavignon – o que significa um vinho sólido, com presença e sabor – com 30% de Carmenère, o que corta um pouco daquele tanino ultra avantajado que um 100% Cabernet Suavignon oferece.

Se a ideia é servir uma carne ou queijos fortes, esse vinho se torna uma boa pedida para aqueles que não querem errar na pedida mas ao mesmo tempo não ainda não desenvolveram um gosto especial por vinhos mais "pesados".

Resumindo: se vai chamar a menina para fazer um agrado e está com medo de exagerar no estalo da língua, pode escolher esse vinho.

sábado, 3 de novembro de 2012

Escolhendo um bom vinho



Não sei porque as pessoas sempre me perguntam “qual vinho é bom?” ou “qual vinho eu escolho?” esperando que eu vá recomendar algo que mude a vida delas. Sinceramente, não sou enólogo, mas sim partidário da frase “a ignorância é a razão da felicidade” para assuntos relacionados ao vinho. Faço questão de manter meus conhecimentos ao mínimo possível apenas para tentar evitar resultados trágicos. Explicando melhor: em geral, uma coisa quanto mais preparada, mais elaborada, mais trabalhada e que agrade mais aos sentidos normalmente é mais cara. E com o vinho não seria diferente.

Você começa tomando vinhos de R$ 15,00 reais já reclamando do preço e então decide experimentar vinhos do dobro do preço e acha bem melhor. Daqui a pouco está gastando mais de cinquenta reais na garrafa e já reclama que aquele “Concha y Toro” de trinta reais não faz parte mais do seu gosto. Culpa da “Sociedade da Mesa” – devo fazer um post sobre isso em breve.

Entretanto, mesmo dizendo isso as pessoas continuam falando “seu ruim” quando não falo exatamente o que elas devem fazer, vou fazer uma série de posts com minhas dicas e experiências.

Escolhendo a uva


Em primeiro lugar é necessário entender que o vinho não é um copo de cerveja: é uma bebida mais fina, mais preparada e com mais “variáveis”. Dessa forma, antes de perguntar “qual vinho?” devemos perguntar “qual comida?”.

Dependendo da comida um tipo de uva vai se sair melhor que outra. Não adianta comer aquela carne vermelha com um Pinnot Noir que vai parecer suco de uva, da mesma forma comer um peixe grelhado com um Cabernet Suavignon você não vai nem sentir o gosto do peixe. Ok, milhares de “enólogos” vão atirar pedras em mim depois dessa frase, mas para quem se inicia na área seguir algumas dicas “padrões de mercado” ajuda. Na internet existem milhares de sites mostrando os melhores tipos e uva para determinados pratos e o rótulo do vinho sempre dá dicas interessantes.

Escolhidos o prato e os tipos de uvas que combinam com ele, chega a hora principal: escolher dentro daquelas possibilidades o seu gosto. Seja você uma pessoa que faz do vinho o prato principal ou um bom italiano que vai dizer “o melhor vinho é aquele que você bebe sem perceber”, amante do mais encorpado ou do mais leve, esse é o fator fundamental que vai determinar o melhor “achado”.

Agora, se você é do tipo que adora um vinho “bem docinho”, pode optar por suco de manga, Fanta Uva ou xarope de glicose que é mais a sua cara. Um bom vinho é obtido a partir de uvas viníferas, a fermentação de uvas diferentes disso geram os tais de “vinhos coloniais” ou “vinhos liquorosos”. Compre um bom suco de uva que valerá mais a pena.

Onde comprar?


Onde comprar talvez seja uma pergunta mais complicada de se responder do que propriamente qual vinho comprar.

Imagine o seguinte: o produtor planta a uva num período específico, em lugares específicos com climas específicos. A colheita é feita em período específico e todo o processamento é feito em recipientes específicos com ingredientes específicos e temperaturas específicas. Bem específico, certo? Mas, e o meio do caminho?

O atravessador coloca o vinho em um caminhão, que transporta pelo sol até o porto, que entra num container e fica às intempéries marítimas e que depois vai de novo ao sol até o supermercado onde é estocado de pé logo abaixo das luzes ricas em ultravioletas onde os emergentes clientes pegam a garrafa e sacodem para ver se faz bolinhas. Triste né?

Procure casas especializadas em vinhos que, por mais caro que possam cobrar – e muitas vezes não cobram, é melhor gastar R$ 30,00 em um “bom” vinho do que vinte em uma garrafa de vinagre. Na impossibilidade de partir para esse caminho, vá testando os supermercados até achar um que te traga o resultado esperado. Pegar os vinhos do fundo da prateleira nem sempre pode ser a melhor dica, uma vez que podem estar lá por meses – repare na quantidade de poeira, mas os da frente são os que capturam mais luminosidade e mais “contato humano”. Perguntar a um funcionário especializado quando chegaram os vinhos pode ser um bom começo.

Bom, chegou o momento de ficar cara a cara com as garrafas. E agora?


Bom, meu primeiro passo é identificar a sessão de vinhos brasileiros, para saber exatamente quais não comprar. O segundo passo é mentalizar a característica principal de cada país e qual o humor que estarei quando vou beber o vinho:


  • Chile: vinhos mais encorpados, com taninos bem pronunciados;
  • Argentina: vinhos encorpados mas não tão agressivos quanto os chilenos;
  • Portugal/Espanha/Itália: os dois primeiros são famosos pelas castas (tipos de uvas diferentes misturados) mas a Itália gera vinhos com mesmos resultados; vinhos mais elaborados e fáceis de beber;
  • África do sul: nunca tomei um vinho que considerasse bom, ou seja, mantenho distância.


Selecionada a uva a partir daquela pré-listagem feita, é hora de pagar e rezar para que dê certo. Se der certo, eu volto e compro mais uma garrafa do mesmo vinho alguns meses depois para ver se foi uma questão de remessa ou se aquele lugar realmente pode se tornar uma fonte confiável de compras.

domingo, 1 de abril de 2012

Agora no flickr!

Estação de Matilde
Cachoeira de Matilde

Para quem não sabe o Flickr é um dos serviços de gerenciamento e compartilhamento de imagens mais famosos no meio fotográfico, seja ele pessoal ou profissional. Como não poderia ser diferente - já que tenho estudado tanto fotografia - aproveitei minha conta aposentada do yahoo para registrar meu endereço.

Agora postarei as minhas fotos mais trabalhadas aí e para quem quiser acessar, a URL é http://www.flickr.com/photos/alexandregorian/

Fiquem a vontade para comentar, sugerir, criticar, etc. Por enquanto só tem essas duas fotos, a medida em que forem aparecendo outras legais eu vou postando.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A Serra tem mais...



As pessoas me perguntam por que eu tenho tanta raiva da Serra. Não é raiva, apenas não concordo com a forma que as coisas acontecem por lá. Seja por um engarrafamento de quase 1 hora para vencer 2 km por causa de um semáforo de pedestres no meio da BR 101 – e é claro sem um guarda pra orientar o trânsito, por um crescimento desordenado de moradias sem infraestrutura para comportar ou por diversos outros motivos, como esse que aqui comunico.

Recentemente minha irmã me enviou uma reportagem do jornal Gazeta Online (que pode ser vista aqui) onde informa a aprovação de uma lei municipal em que as igrejas tiveram seu limite de perturbação aumentado para 85 decibéis durante o dia e 80 à noite, além de insentá-las da fiscalização pelo disque-silêncio nos finais de semana e feriados – como se esse órgão funcionasse por lá. Só para ajudar a dar ideia na dimensão do som: o show do U2 realizado para 70 mil pessoas registra 87 decibéis na portaria do estádio, cerca de 130 na saída dos alto-falantes.

O motivo para tanto barulho é simples, conforme descrito pelo vereador João Luiz Teixeira Corrêa – PDT, mesmo partido do prefeito Sérgio Vidigal – as igrejas tem feito um importante trabalho na redução da criminalidade e que “não tem verba necessária para efetivar a acústica necessária nos templos”. Não têm dinheiro ou gastaram tudo comprando amplificadores e caixas de som?

Serviços à parte – até porque a Serra é o município com pior taxa de homicídio do Brasil, segundo dados 2012 – vamos concentrar no barulho: paredes de alvenaria seguram em média 30 decibéis e, desde que a igreja ou templo não seja uma tenda armada, acredito que elas são usadas na maioria. Somados isso aos 85 produzidos do lado de fora, temos um incrível volume de 115 decibéis, volume suficiente para causar perda de audição e de reconhecimento da fala, nervosismo, ansiedade, dores de cabeça e uma série de outros malefícios.

Por que a solução adotada não foi reduzir o barulho dentro dos templos? Segundo informações da Unesp, acima de 55 decibéis o poder de concentração é prejudicado, então nem os fiéis estariam prestando tanta atenção assim como deveria e, acima de 70, o organismo já está sujeito a stress degenerativo e os riscos de enfarte e outras doenças aumentam.

Ou será que após a redução pelo TJES dos salários dos vereadores de R$ 7.430,40 para R$ 5.700,00 não justificam mais uma pesquisa no Google para entender os limites físicos do ser humano?

Referências:
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/02/noticias/a_gazeta/dia_a_dia/1126469-barulho-se-vier-de-igrejas-na-serra-pode.html
http://www.bauru.unesp.br/curso_cipa/4_doencas_do_trabalho/4_ruido.htm
http://www.fonoesaude.org/limites.htm
http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2011/08/tribunal-de-justica-do-es-reduz-salario-de-vereadores-da-serra.html